ESCOLA MUNICIPAL MARIA DO CÉU PEREIRA FERNANDES
O MUNICÍPIO DE MOSSORÓ /RN NO RUMO DA TRANSFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO, NA PERSPECTIVAS DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Uma das pautas da discussão da pós-modernidade é o pensar e o repensar constantes sobre o papel do ambiente sócio-econômico-cultural em relação ao diferente (Wanderley, 2001). Refletir sobre este “outro”, no sentido de alteridade, em conexão com a educação está na intenção do presente estudo. A nossa perspectiva se baseia na idéia de que todos os alunos que possuam dificuldades e incapacidades, sejam elas reais ou circunstanciais, físicas, intelectuais e/ou sociais, têm a mesma necessidade de ser aceitos, compreendidos e respeitados em seus diferentes estilos e maneiras de aprender.
Diante dessa mudança, o município estar trabalhando, e percebemos que educação inclusiva evoluiu como um movimento que tinha por ideal por em questão as políticas e as práticas de exclusão. A partir dessa perspectiva, inúmeros encontros, congressos e eventos em educação deram
origem a documentos INSTRUÇÃO NORMATIVA, que foram elaborados a fim de defender o princípio da inclusão.
Questões sobre como criar contextos educacionais capazes de ensinar a todos os alunos, indicando as possibilidades e ajudando a entender o que seria a proposta de uma “Escola para Todos”, legitimada pela noção de Educação Inclusiva estão entre os objetivos deste estudo. Na realidade, esta proposta surge como um desafio para a educação em geral no município de Mossoró, considerando o modelo ainda vigente, que se baseia nos conceitos de homogeneidade, competição, individualismo e exclusão. A busca de uma nova fase, humanizada, de sociabilidade, fundamentada em princípios de educação para todos, sem discriminações, que supere os modelos hegemônicos do liberalismo é o grande desafio para a construção de escolas inclusivas e, mais do que isso, de uma sociedade inclusiva.
O município disponibiliza de uma coordenação geral de educação inclusiva, uma equipe de formação para os professores da sala comum (da Educação Infantil,e Ensino Fundamental). Outra equipe está dividida por três professore de LÍBRAS, equipe do CADV- Deficiência visual e baixa visão, CAS- Centro de apoio ao surdez, para as formações dos professores de AEE. As famílias dos alunos e professores da sala comum que recebe constante as orientações pelos professores de AEE, a utilizar materiais e recursos.
O Atendimento Educacional Especializado – AEE é oferecido no contra turno nas 10 salas de recursos multifuncionais). Os Professores de AEE atendem nas SRM os alunos das próprias escolas e os alunos das escolas mais próximas. As escolas que não têm SRM e não ficam próximas as escolas que dispõem de SRM, o professor faz o atendimento de itinerância (isso acontece na maioria das escolas).
Para que a inclusão possa realmente funcionar, é preciso profundo trabalho de aproveitamento de recursos, utilização de conhecimento do atendimento e uso dela para sala comum, é um intenso trabalho com a família, pois criar no indivíduo a predisposição de partilhar é fruto de um esquema de aceitação e de crédito, que se inicia e se perpetua com a família. A família, a escola e a sociedade devem ser enxergadas dentro de uma visão sistêmica, cujos problemas são apenas “narrativas onde não se enxergam saídas”. Cabe a todos nós procurarmos outras narrativas que virem história.